sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Risco (volatilidade) x Retorno - Como estão seus investimentos?

Olá Pessoal

Ontem a noite resolvi tirar algumas horas para ler os relatórios mensais de alguns Fundos Imobiliários. Com base em alguns gráficos que eu vi e lembrando de um bate papo que tive sobre volatilidade x retorno, resolvi colocar aqui o assunto em pauta.
Primeiramente entendo que o correto não é escrevermos risco, mas sim volatilidade x retorno. Digo isso pois, por exemplo, investindo-se em ações ao invés de renda fixa, não tem-se necessariamente um risco maior. Tem-se sim uma maior volatilidade.
Mas voltamos ao assunto principal.Quando assumimos uma volatilidade maior na carteira devemos ter ganhos também superiores. Na nossa comunidade de blogs financeiro, considero que somos a minoria da minoria, pois são poucos que conseguem poupar regularmente e menos ainda são os que investem e acompanham esses investimentos. Mesmo assim não temos, na minha opinião, uma forma eficiente e de comum acordo para avaliarmos as carteiras. Essa crítica começa comigo, mas com muito respeito, estendo aos demais. A maioria de nós (não todos) está com boa parte dos investimentos em RV e não está conseguindo um rendimento superior à inflação. Muito menos ao CDI. A própria Bovespa que nos últimos 24 meses teve uma desvalorização de -2,2% e ainda muitos de nós tem rendimentos inferiores a ela em alguns meses de forte alta. Imagina quanto que ela terá que valorizar para buscar um CDI acumulado nesse período?
Podemos fazer essa avaliação para alguns FIIs. Muitos deles não superam ou mal superam o CDI nos últimos 5 anos (contabilizando valorização de cota e dividendos pagos). Essa equação não está batendo!! Não faz sentido algum tomarmos essa volatilidade de renda variável para termos um retorno de renda fixa.
Lembro que tinha um ranking que apresentava a rentabilidade subtraída do CDI. Achava a ideia bem interessante. Mesmo sabendo que muitos tipos de investimentos são para longo prazo, infelizmente usamos isso para, desculpem as palavras, nos iludirmos. Quando temos uma rentabilidade muito alta no mês, dizemos que estamos acertando. Quando ela é ruim, dizemos que é pra longo prazo.
Pretendo ser cada vez mais crítico comigo mesmo. Com as minhas escolhas. Se vou tomar risco/volatilidade, quero ganhar mais que o CDI. Não posso me contentar com menos que isso. Hoje podemos encontrar rendas fixas que chegam a 1% a.m (garantidas por pelo menos 24 meses). Quantas carteiras temos que entregaram isso nos últimos 2 anos, ou que conseguirão entregar isso nos próximos 2.
Vamos aproveitar que todos aqui gostamos de finanças e vamos de uma vez por todas transformar isso num rendimento proporcional ao risco e ao tempo que nos dedicamos. Do contrário, vamos comprar Títulos Púbicos e vamos nos dedicar à outras coisas.
Abraço em bons investimentos a todos.

52 comentários:

  1. Olá Dividendos,
    É a primeira vez que comento por aqui.
    Concordo totalmente com o seu post e com a sua análise. Tinha chegado a essa mesma conclusão nas últimas semanas. Cheguei a alocar 75% do meu capital em RV, por vários meses, e cheguei a conclusão que certamente teria um resultado significativamente maior se tivesse alocado no máximo 40%. Por causa de alguns investimentos de grande retorno (BB com praticamente 50% de lucro) consegui ficar no azul no fechar dos últimos 10 - 12 meses. Mas como muito bem argumentas, não vale o risco que estamos assumindo, considerando os retornos proporcionados pela RF no momento, com um risco (ou volatilidade) muito menor.
    Pretendo assumir um risco cada vez menor, a partir de agora na RV, e só entrar com gana em grandes e claras oportunidades que o mercado oferece de quando em quando (como foi com o BB a 19,xx e com 8% de DY).
    Grande abraço
    Green Future

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  2. Você tem toda razão !!! A conta é essa mesmo! Sempre apliquei só na Renda fixa e sinceramente , não me arrependo de nada, pois acompanha muito bem o CDI. Colegas dizem que ganham xx% numa ou outra ação que obtem lucros exorbitantes , etc..etc.... mas , se fosse tão bom assim , todos aplicariam na RV. É claro que existem excessões de aplicacões periódicas no longo prazo em RV de boas empresas que podem gerar bons lucros no LP , mas deixo para quem gosta e tem tempo para acompanhá-las!

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    1. A questão é que não existe previsibilidade em RV.
      Pegamos o exemplo clássico das elétricas, que até a poucos anos atrás era o grande porto seguro dos investidores de LP.
      Em Maio quando ABEV3 estava a R$16,00 todos indicavam compra (fundamentalista) agora esta 15,70 e dizem pra não entrar....

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  3. Bela reflexão! Concordo plenamente!

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  4. Finalmente, alguém que diz claramente que esses Rankings dos Blogs não fazem sentido algum. Outra coisa, muita gente comprou FII na época em que se aceitava yeld de 0,5%, aí é procurar problema mesmo. Quando todo mundo viu que isso era coisa de louco saiu correndo e agora está num patamar bem mais aceitável (0,85% ou 10%a.a.). E a verdade é essa mesma, longuiíssimo prazo de C. é R., tem que comprar Ações e FII's somente em super-promoção. Tá uma moda agora que todo mundo vai ser Buy & Hold, e isso é para pouquíssimas pessoas que aguentam 20-30 anos.

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    1. Acho que os Ranking tem uma questão motivacional interessante. Tanto que sempre participei.
      Agora a questão principal é quais carteira superam o CDI no curto, médio e longo prazo.

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    2. "Finalmente, alguém que diz claramente que esses Rankings dos Blogs não fazem sentido algum."
      Dividendos diz alhos, e o anônimo entende bugalhos.

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    3. A questão motivacional é claro que é interessante, e também gosto de Rankings. O que não faz sentido algum é a métrica utilizada (valor atual da cota), que na verdade estimula o giro da carteira por parte de muitos blogueiros, e que acarreta em mais perdas do que ganhos.

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    4. O giro da carteira traz lucro para apenas 1 pessoa.

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    5. "O que não faz sentido algum é a métrica utilizada (valor atual da cota)"
      Você é incapaz de interpretar um texto simples, falando "Finalmente, alguém que diz claramente que esses Rankings dos Blogs não fazem sentido algum.", e quer falar da métrica dos outros.
      O planeta todo utiliza como métrica o valor de mercado, e vc vem com a ideia mais idiota o mundo. Você acha que os blogueiros que inventaram fazer fechamento com o valor atual da cota? Isso sempre foi feito. Você quer o que, que eles inventem um valor. Me poupe.
      O cara não tem a capacidade de interpretar um texto e além de falar merda, fica enchendo o saco nos blogs com uma ideia sem sentido algum. Mas mesmo assim é fã incondicional dos blogueiros. Tá sempre lendo as postagens que surgem.

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  5. Grande Dividendos.

    Sem dúvida alguma! E o CDI é um interessante índice de comparação.

    Como recentemente houve o fechamento das carteiras, vale ver como renderam no ano (acumulado do ano).
    O CDI de 01-01-2014 até 31-07-2014 o CDI acumulado foi de 5,96%.

    Assim, é interessante a partir de agora colocarmos esse índice ao lado do anual para compararmos as rentabilidades acumuladas!

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    1. Grande Guardiao
      Boa ideia. Lembrando que atingir 100% do CDI é algo perfeitamente factível.
      Abraço

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  6. Olá, dividendos. Creio sua reflexão bem interessante, permita-me algumas observações.
    a) A discussão é grande sobre se volatilidade é realmente um risco. Porém, o simples fato matemático é que quanto maior for a volatilidade do seu portfólio menor será o retorno anualizado (composto). Por isso, talvez faça sentido atribuir risco à volatilidade. Se com risco queremos dizer o receio de ver uma empresa falir ou ver um default em um título de dívida, então realmente risco não se confunde com volatilidade;
    b) Você está correto. E não é apenas ganhar do CDI, não necessariamente performar acima do CDI é um resultado financeiro bom, tudo vai depender de quão arriscado é o seu portfólio. Posso investir em apenas um papel da bolsa e ter um retorno maior do que o CDI, mas será que compensou o risco? Por isso, vejo vários fundos multimercados falando que renderam mais do que o CDI, mas poucos falam do risco (e geralmente quando o fazem falam apenas dos índices sharpe);
    c) Aqui, em relação aos FII, tenho apenas um adendo. Não podemos comparar a rentabilidade da renda fixa, com o fluxo de alugueis de um FII. Um é uma medida nominal e outro tende a ser uma medida real, portanto creio não ser apropriada essa comparação automática (abordei um pouco sobre esse tema no meu penúltimo artigo). O fato é que para geração de renda, caso os fluxos mantenham-se estáveis, os FII por fornecerem yields reais são veículos muito mais seguros e melhores para essa função do que a Renda Fixa. O mesmo raciocínio se pode aplicar aos dividendos (tanto que o yield do S&P500 é menor do que o yield de um BOND de média maturação e é assim desde a década de 60), porém como os fluxos das empresas podem ser mais imprevisíveis, o risco é maior, e o retorno exigido deveria também o sê-lo.

    Abraço colega!

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  7. Dividendos, comecei a investir de forma organizada há dois anos e meio, e desde agosto de 2012 registrei um rendimento superior ao CDI e ao Ibovespa:

    http://www.doutorhonorarios.blogspot.com.br/2014/08/nova-acao-na-carteira-mais-nslu11b-e-o.html

    Contudo, sempre mantive uma boa parcela da carteira em renda fixa, como estratégia, e aumentei ultimamente ainda mais a minha exposição em LCA/LCI, por causa do "risco eleições". Ainda assim, de 2012 até hoje (15/08) obtive com a renda fixa (em geral), ações e fundos de investimento, respectivamente: +7,81%, +49,36% e +0,36%.

    Não dá nem para comparar o resultado histórico (somente adquiri cotas de FII a partir de julho de 2013, portanto, estou aprendendo com os erros).

    O bom resultado em ações é fruto do empenho. Acredito que é possível sim vencer o CDI com ações, e mais, com folga.

    Em 2012 e 2013, alcancei um rendimento anual de +5,58% e +2,61% - já descontada a inflação, e considerando também, em termos relativos, que aportei bastante (ou que, em tese, o rendimento poderia ter sido maior se a carteira não estivesse em crescimento).

    Concordo com você quanto ao tal "B&H" de alguns. Foi disseminada uma ideia muito errada quanto aos investimentos. Muita gente acha que basta comprar a qualquer preço e esquecer por 30 anos. Veja, por exemplo, como sou criticado por minhas opções, especialmente pelos "bastteristas" mais radicais.

    Enfim, parabéns pela análise audaciosa. É, sem dúvida, um debate interessante.

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    1. DH,

      Comprar e esquecer poder ser qualquer coisa, menos B&H. A questão do preço já foi explicada diversas vezes e não vou me alongar nisso.

      Dividendos,

      As ações SEMPRE vão render mais que o CDI. Se isso não fosse acontecer, porque existiriam empresas? Enfim, pretendo fechar o ano com uma rentabilidade de no mínimo 12%.

      Chegar nos 15% seria ótimo e 20% excelente! Até o momento estou empatado com o CDI. Vamos ver o que vai acontecer.

      Abraços.

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    2. IL, você não é um "basterrista" radical, mas de centro! kkkkkk... Brincadeira! :D

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    3. Olá IL
      Discordo completamente de vc, mas respeito sua opinião.

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    4. comente o post do IL ai dividendos... acompanhando.

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    5. IL é o contra-ponto perfeito a opnião daqueles que acham que o desempenho de ações não humilham fácil fácil todo o resto de ativos.

      Acho que o nome do Dividendos deveria ser alterado, pois tal palavra vem de Ações e se não acredita no desempenho superior ao CDI, não deveria ser este o nome do blog.

      Afonsinho!

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    6. Investidor livre,

      "As ações SEMPRE vão render mais que o CDI. Se isso não fosse acontecer, porque existiriam empresas?"

      Concordo com vc, mas em partes. Este "sempre" depende do período. O período de 1 ano, por exemplo, o CDI pode ganhar das ações.

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    7. Pessoal,

      Só para complementar meu pensamento, é mais do que óbvio que os resultados na renda variável só aparecem depois de um longo período de tempo.

      Além disso, vocês acham que essa mamata dos juros aqui do Brasil vai durar até quando? Daqui há dez anos, tenho certeza que a Selic caíra no mínimo pela metade. Comparem a taxa em 2003 e 2013 e vejam com seus próprios olhos.

      Abraços.

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    8. Nao seria o caso entao de aproveitarmos esses juros altos pra ganhar dinheiro "fácil" com a RF e migrar para RV quando essa realidade mudar (nao tem como saber quantos anos isso durara?

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  8. Dividendos,

    Eu invisto em ações só pq existe a probabilidade que no longo prazo (mais que 10 anos) elas podem render mais que o CDI. E até este momento, preciso deste rendimento maior.

    Se algum dia, nas minhas simulações, eu conseguir alcançar o montante que quero em X anos apenas com o rendimento da renda fixa, eu provavelmente focaria meus aportes apenas em renda fixa.

    Abs!

    Investidor Defensivo

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    1. Olá ID
      Eh exatamente dessa probabilidade que eu falo. E se ea não se realizar? Já pensou nisso?

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    2. Dividendos,

      O que estou fazendo é diminuindo a expectativa de altos ganhos na renda variável.
      Atualmente faço simulações futuras rendendo apenas 6% a mais que a inflação.
      Ando tentando aumentar os aportes para retirar a responsabilidade da renda variável.
      E tenho grande parte investido em renda fixa, em um plano de previdência multipatrocinada.

      Se nada der certo, o jeito vai ser trabalhar por mais alguns anos.

      Abs!

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    3. Ah, outra coisa. Penso como plano B, é a semi-aposentadoria.

      http://investidordefensivo.blogspot.com.br/2012/06/semi-aposentadoria-uma-solucao.html

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    4. Se eu entendi bem, vc está prevendo 6% acima da inflação.
      Com essa perspectiva eu investiria em título público, estou errado?

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    5. Os títulos publicos atualmente não chegam a 6% líquido, pelo menos no momento.
      O tesouro direto hoje, por exemplo está pagando 5,87%, no máximo. E ainda temos que tirar o imposto de renda de 15%... Ou seja, minha expectativa é que a renda variável dê uns 2% a mais que a renda fixa, ao ano.É puco, mas acho que faz diferença, se pensamos em décadas de investimento.

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  9. Sim, mas já pensou em ficar investindo por 20 anos e descobrir que deu errado?!?!?!
    Eu já acreditada mais em ações, hoje em dia estou meio céticos com essa desculpa de ser um investimento pra longo prazo para nós conformarmos com rendimentos ruins.

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  10. Concordo, e estou pensando muito nisso.
    meu retorno desde que comecei a investir, é pessimo (estava negativo até pouco tempo, inclusive).
    "Perdi" com ações, com tesouro direto (estratégia errada) e com mais algumas coisas.
    Esta na hora sim de ser mais realista.
    Porque não LFT´s, LCA, LCI... que garantem um retorno próximo ao CDI, enquanto o pais está essa zona na area economica, e sem perspectivas de melhorias no curto prazo?

    Estamos arriscando mais, e tendo um pior retorno. O risco só vale a pena se o retorno vier maior. Isso não está acontecendo no mercado brasileiro.

    É de se pensar...

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    1. PQ vc diz que estava com a estratégia errada em TD?

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    2. Pq sai comprando NTNB principal 2035, achando que era a melhor coisa do mundo, pois pagava juros + inflação.
      Acontece que não entendia direito as oscilações do TD.
      Tudo bem, não vou perder dinheiro pois o investimento é para longo prazo, mas basicamente essa grana está lá, sujeita a variação do TD, até 2035. (e está super mega negativo, principalmente pq tenho titulos comprados a 4% + IPCA :p)

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    3. Uiii
      Deve realmente estar beem negativo...

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  11. Mas e aí, o que você acha o investimento ideal? 80% em FII e o resto em RF, é isso que você faz?.

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    1. Nao sei o que eh o ideal.
      O que eu posso fazer, e faço, eh mostrar como invisto, os resultados e cada um tira suas próprias conclusões se faz sentido ou nao.

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  12. Dividendos,

    Por isso que gosto muito da estratégia proposta pelo Benjamin Graham, para um investidor Defensivo.
    50% em renda fixa e 50% em renda variável. Se vc tiver errado, vc errou 50%, mas tb acertou 50%.

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  13. Olhando por outro prisma....vc vai errar com certeza em 50%

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  14. Sim. Mas não conseguimos prever o futuro.E não ficaríamos na agonia e na ansiedade de acertar ou errar ao longo dos anos.
    Se a rentabilidade deste "caminho do meio" nos atende, acho interessante utilizá-lo.

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  15. Olá Dividendos,
    Apesar de investir 100% em RV, concordo com o seu texto, mas muito em função dos juros que a economia está apresentando do que pela incompetência do investidor, todos temos que fazer essa reflexão e fazer os ajustes necessários na carteira para nos adequar aos objetivos propostos.

    www.nzofinancas.blogspot.com.br

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  16. - tópico bastante interessante Dividendos.

    - primeiro considero a inflação o pior imposto de todos (corrói sistematicamente o valor de um dos principais produtos:o dinheiro), também considero que superar o IBov é bastante difícil, o mercado(que dita o índice) nada mais é do que a soma dos movimentos do conjunto de investidores e suas negociações de compra e venda; possui características erráticas de manada (as ditas fases de euforia e pessimismo) totalmente imprevisíveis ao meu ver - você simplesmente é esmagado se for contra ela e irá cair em algum abismo se for com ela.

    - não considero títulos de dívida do governo isentos de risco pois regras são mudadas conforme a necessidade do governante (ainda lembro do dia do confisco da poupança e dinheiro em contas correntes, a mesma poupança teve regras alteradas, a moeda pode perder valor instantaneamente com uma canetada de impostos/mudanças de leis), além da rentabilidade real ser muito pouco acima da inflação (se o governo fizesse sua lição de casa ela seria negativa pois não teria que pagar um prêmio para financiar seus desequilíbrios de gastos).

    - eu considero que a melhor forma de proteger seu capital é através de investimentos em cadeia produtiva (um comércio, um imóvel alugado, uma propriedade rural) que sejam lucrativos - com lucro mesmo que lá fora esteja caindo uma tempestade a casa não cai (você sobrevive e continua tocando o barco);os FIIs e ações eu vejo como uma forma de tornar acessível o investimento em ativos fragmentados (o que pode ser muito bom) com uma ressalva - a comodidade vem com taxas (de administração ou custos de transações/manutenção do sistema fragmentário), a grande dificuldade é encontrar ativos cujos custos sejam superados pelos lucros dos investimentos (demanda bastante estudo e paciência).Uma grande vantagem de investimentos em ações e FIIs é que você pode se utilizar do método de juros compostos(se estiver obtendo lucro) sendo que o único limitante de ganhos será seu capital.

    - não considero viável a crença de acertar uma grande tacada em investimento e ficar rico num único evento (o risco não compensa- se um resultado zero - perda total - pode ocorrer, não importa quantas vezes você ganhe quando ele ocorrer você quebra), as únicas pessoas que conheço que tiveram grandes em curto período ganhos foram através de venda de propriedade intelectual (patentes ou próprio negócio).

    -na RV considero portanto que ganhos espetaculares em curto período não são sustentáveis,a grande oportunidade é usar o método de juros compostos na reaplicação de proventos, aproveitar períodos de pessimismo para aumentar a carteira e recolher as fichas e ficar quieto nos períodos de euforia.Estudo, paciência e planejamento são essenciais para este desenvolvimento.

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  17. I'm back! E concordo com vc, voltarei a postar em meu blog em breve.

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  18. Parece que o momento do mercado está meio contraditório , não?
    Gráficamente (no longo Prazo) vemos que o mercado parece barato,
    mas se verificamos os indicadores fundamentalistas(lucro quando cresce,cresce menos que a inflação, p/l altos/Roe baixos, dividas crescentes,margens caindo,p/vpa alto)
    Qual a sua visão?
    qto aos FIIS os riscos tbm não são pequenos:
    Vejam uma considerável lista de riscos (fonte: os próprios FII):

    Risco de Oscilação do Valor das Cotas por Marcação a Mercado
    Risco Tributário
    Riscos de Mercado
    Risco Sistemático
    * Riscos de Liquidez e de Descontinuidade do Investimento
    Riscos do Uso de Derivativos
    Riscos de Crédito
    Riscos Atrelados aos Fundos Investidos
    Riscos Relativos à Rentabilidade e aos Ativos do Fundo
    Riscos Relativos à Aquisição de Imóveis
    *** Risco de Despesas Extraordinárias
    *** Risco de Sinistro
    Propriedade das Cotas
    Inexistência de Ativo Imobiliário Específico
    Risco de o Fundo não ser Constituído
    Risco de Concentração da Carteira do Fundo
    *** Risco da Administração dos Imóveis por Terceiros
    Risco de Rescisão de Contratos de Locação e Revisão do Valor do Aluguel
    Riscos Ambientais
    Risco de Desapropriação
    *** Risco de Chamadas Adicionais de Capital
    Valor dos Imóveis da Carteira do Fundo Não Necessariamente estão Apreçados a Valor de Mercado
    Cobrança dos Ativos, Possibilidade de Aporte
    Adicional pelos Cotistas e Possibilidade de Perdado Capital Investido
    *** Riscos de o Fundo Vir a Ter Patrimônio Líquido Negativo e de os Cotistas Terem que Efetuar Aportes de Capital
    *** O Fundo Poderá Realizar a Emissão de NovasCotas, o que Poderá Resultar em uma Diluição da Participação do Cotista
    Risco de inexistência de Quorum nas Deliberações a Serem Tomadas pela Assembleia Geral de Cotistas
    Risco Jurídico
    Risco de Conflito de Interesses
    Risco Relativo à Concentração e Pulverização
    Não Existência de Garantia de Eliminação de Riscos

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  19. Fala, Dividendos,

    tema bom, deveria ser bem discutido, mas acho que pecou em muitas coisas, misturando conceitos. Em primeiro lugar, concordo plenamente com esta passagem:
    "Quando temos uma rentabilidade muito alta no mês, dizemos que estamos acertando. Quando ela é ruim, dizemos que é pra longo prazo."

    Sim, isto é uma auto-ilusão. Mas devemos entender alguns pontos teóricos sobre o mercado financeiro, primeiramente, para podermos entrar na sua discussão sem ficarmos perdidos.

    O primeiro ponto é básico e conhecido por todos: relação risco/retorno. No seu caso, pontuado o ponto da volatilidade (apenas um dos riscos).

    Você tomou o exemplo dos últimos 5 anos citando resultados pobres. É verdade. Mas o q vc não está enxergando é o outro lado da moeda. Os resultados poderia estar fantásticos. Será q vc teria escrito este mesmo post se os resultados tivessem sido fantásticos?

    Outro ponto, uma questão errada sobre definição de longo prazo; vc citou os últimos 5 anos como "justificativa" para este post. Mas é sabido que longo prazo são períodos de 10, 15, 20 anos. E muitos estudos apontam que sim, o mercado acionário TENDE a vencer a renda fixa no longo prazo. Será que se houvesse passado 15 anos e o IBOV estivesse vencendo a renda fixa vc teria feito este post?

    A questão da volatilidade se confunde justamente com os prazos. Se for pensar assim, então em apenas 1 ano se vc obter um resultado acima do CDI vai concluir que o investimento em renda variável é melhor o que, obviamente, está fora das linhas reais de acontecimentos.

    Outro ponto ignorado por você é substimar os momentos de alta ao mencionar que a renda variável teria que subir muito para alcançar a renda fixa. Acredite, no momento que vier a alta, ela vai vir com muita força. Este seu "argumento" se torna uma falácia neste ponto.

    Só para você ter uma ideia: nos últimos 60 meses o IBOV teve valorização de apenas uns 9%. Mas se voltarmos a apenas um pouco antes, onde foi o fundo da crise, esta valorização já seria de uns 62%, ou seja, quase SETE vezes superior. De 2009 a 2011 a valorização foi em torno de 80%. E de 2004 a 2007 foi de 200%, uma marca de incríveis 32% durante 4 anos seguidos. Estes números deixarão qq renda fixa comendo poeira.

    Ao tomar um timeframe específico para analisar e tirar conclusões, vc está deixando de lado muita coisa. Este ano a Bolsa já sobe 27%. Em apenas 7 meses ele voltou ao mesmo patamar que levou 21 meses caindo.

    E se vc quer analisar de maneira teórica o desempenho das carteiras, então seria mais correto olhar o índice de sharpe, mencionado pelo soulsurfer acima, pois ele justamente tenta captar esta relação entre retorno/volatilidade das carteiras.

    Este são os pontos que entendo que ficaram confusos em sua argumentação.

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  20. Agora, outro ponto, o qual vc está preocupado diretamente com a volatilidade: e se der tudo errado na frente.

    Primeiramente, parabéns! É este exatamente o tipo de pensamento que o investidor deve ter em primeiro lugar.

    Aqui talvez algo simples seja apenas uma baixa alocação em renda variável. Se der certo, você terá um plus e se der muito certo, poderá ser um plus bastante razoável (por exemplo, ficar apenas acima 10% de um capital de aposentadoria, será uma belíssima diferença).
    No entanto, caso dê errado, o que for perdido, não pode ser significativo. Com tudo dito acima, é óbvio que isso terá um equilíbrio; para não perder muito, vc não deverá ganhar muito. Mas o interessante é que as perdas estão limitadas a 100% e os ganhos, em teoria, podem ser infinitos. Então, está uma conta que pode fechar a seu favor.

    Outra maneira é ter uma carteira mais exposta em renda variável, mas sobre proteção de derivativos, assim como escrevi sobre utilização de hedge com puts ou fazendo o Fundo de Capital Protegido próprio.

    Sobre os resultados da venda variável em si, lembre-se que preço é apenas uma consequência de uma conjuntura de eventos. Se os ativos q vc escolher tiverem boa performance no longo prazo, é fato q haverá apreciação no valor nominal dos papéis. Isso é inegável.

    A discussão acadêmica que existe é se uns são melhores ou não que outros na escolha destes papéis. Mas aí é outro assunto.

    Espero ter contribuído de forma positiva.

    []s!

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  21. Oportunidade
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    1. viado spammer !!!vai pras salas de mimimi dos freefree, bbosta para ver se encontra alguém da sua laia vagabundo!

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  22. Prezados,

    Nunca ouvi alguém sustentar, com todas as letras, a estratégia de investimento que eu sigo. Duvido que seja exatamente uma inovação genial, mas queria compartilhar e ouvir comentários. Sou servidor público e tenho 30 anos. Comecei a sistematizar os investimentos há um ano e meio.

    51% está em previdência privada, com perfil de renda fixa, e tenho mantido a regra de aporte 12% da renda anual. 30% em ações (22 papeis, selecionados a partir de um pool de recomendações de corretoras para ações de dividendos: prejuízo significativo mesmo, em termos percentuais, só tive com a OI, se bem que foi a ação que menos comprei e praticamente não fez estrago no portfólio geral ). 9% em 2 fundos CDI, com 3 meses de salário para eventuais despesas emergenciais; 3% em Tesouro Direto (os títulos mais longos, recebendo bônus semestralmente).7% em fundos imobiliários, que variaram negativamente quase 25%, mas que mensalmente pagam metade do meu combo de internet, celular e tv por assinatura.

    Tento levar em conta as flutuações do mercado, em matéria de pontos do IBOVESPA e taxa de juros, no momento dos aportes, os quais têm ficado entre 0,7% e 1,5% da carteira total. De janeiro de 2013 para cá comprei praticamente só ações, mas agora que o Ibovespa voltou ao "topo", devo ir focando em outras coisas até aparecer um momento mais oportuno.

    Tento avaliar a adequação da carteira, em geral, levando em conta as minhas despesas e a minha renda salarial. Assim, os rendimentos da renda fixa, embora eu não retire nada, já estão quase "pagando" o aluguel do apartamento. Enquanto isso não acontecer com certa folga, continuarei aportando alguma coisa.

    Por outro lado, não foco na oscilação das ações (embora de 2013 para cá tenha sido muito boa) e, sim, nos proventos e juros do TD. Isso dilui o risco porque ao menos posso gastar o dinheiro agora. Em 2013, esses proventos representaram algo como um 13º e1/5. Para 2014, projeto um 13º e 1/2.

    Alguém aí, mais ou menos na mesma fase de vida, anda fazendo algo parecido?

    Abs,

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    Respostas
    1. Olá Anônimo,
      Sua estratégia é ótima na teoria, mas na prática exige MUITA disciplina, não que seja impossível, mas manter isso por tempo suficiente para dar um retorno espetacular é difícil. Tenho 24 anos e sigo uma estratégia parecida, sendo que é mais simples, meus aportes são focados 100% em ações de dividends yields elevado também, além de reinvesti-los. Sou MUITO disciplinado e minha estratégia já tem 3 anos de funcionamento.
      De qualquer forma, não acredito que seja o único a seguir um plano de investimentos não, na blogosfera há muitos que fazem o mesmo.

      NZO Finanças

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  23. Olá. Conheci seu blog recentemente e, aos poucos, estou lendo os post anteriores.
    Muito bom o espaço!

    Parabéns pelos seus rendimentos e espero que você consiga, antes do que imagina, obter sua IF.

    Mas o objetivo do presente é lhe informar, e aos demais comentaristas, casos ainda não tenham conhecimento, de um post publicado há quase um ano que, a meu ver, responde matematicamente ao que acredito ser o âmago de suas indagações: será verade que no Brasil, as ações, no longo prazo, superam os rendimentos obtidos da renda fixa?

    Já lhe adianto que, há um ano atrás, a resposta era não. Hoje eu não sei se a resposta continuaria a mesma, mas creio que sim. E isto sem considerar a volatilidade/ risco.

    O link é este aí: http://www.minhaseconomias.com.br/blog/investimentos/vale-a-pena-investir-em-acoes-no-longo-prazo

    Grata,
    Letícia.

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